14.9.17

O medo

Hoje fui deixar a catraia na escola ligeiramente mais tarde, logo tive de a deixar na sala de aulas, em vez da habitual sala de recreio (calhou, não me venham já dizer que foi de propósito só para ver como era a dinâmica da coisa).
O pânico.
Abri a porta para deixar a miúda e no meio de tanta agitação consegui ver, para além de uma gritaria infernal:
- no mínimo 3 crianças a chorar como se tivessem acabado de ser arrancados do útero da mãe;
- uma poça de vómito no chão proveniente de uma mocinha que ainda escorria um fiozinho de iogurte no queixo;
- a professora isaurida a chamar alguém para levar outro moço à wc;
- um pai encostado a um canto a dar festas na cabeça do filho (provavelmente balbuciava-lhe um "está tudo bem" ao ouvido, afinal a coisa não podia ficar pior);

O que é que uma mãe faz no meio disto tudo?
Depois de 7 longos segundos de análise, atirei a cachopa lá para dentro e disse-lhe um "até já".

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