23.9.17

São 5!da manhã e somos 4 na cama. Quatro. Q.U.A.T.R.O!
Sou totalmente contra isso mas a exaustão levou-me a melhor.
Reformulando, são três a dormir e eu.
A mái-velha ressona à beira do colchão. Já tem uma perna de fora, mas qualquer coisa a queda é pequena que a cama não é das altas
O marido dorme que nem um bloco de cimento, braços cruzados em posição defensiva.
O mái-novo, entre o pai e eu, está ferrado a dormir mas a espernear horrores para conseguir fazer o número 2 (para não dizer cócó nas redes sociais).
E eu.
Quase a cair da cama (nunca foi opção uma cama king size) tipo farol a ver o que se passa e sem conseguir dormir porque somos 4 numa cama que devia ser para 2.
Como é que as outras mães conseguem eu não sei, mas cá eu não consigo dormir descansada com tanta fofura nesta cama. E com tanta coisa a poder correr mal.

21.9.17

Estou a fazer tempo na casa-de-banho.

Se alguém perguntar por mim, estou a fazer o número 2 (para não dizer cócó nas redes sociais).
O puto berra horrores na sala e eu já estou a Precisar de um tempo. Já lhe dei as voltas todas. Ele bem adormece mas preciso fazer sempre alguma coisa que me obriga a pousar o garoto e ele não me quer sair dos braços, então acorda e berra a plenos pulmões.
O pai é mais liberal: se ele quer chorar, deixai-o chorar. Então lá estão eles. A mim o choro do bebé entra-de-me pelos ouvidos e faz ricochete no tico e no teco. Entro em parafuso. 
Por isso, enquanto a Bimby não apitar estou a fazer o número 2 (para não dizer cócó nas redes sociais).

16.9.17

Sou só eu?

Vem um arzinho fresco (diz que é uma massa polar, yeyhh) e durante a noite, assim que saco da mama para alimentar o fedelho e saem também 289 espirros, 3 fungadelas e 27 assoadelas ao nariz como se estivesse em pleno Janeiro.

14.9.17

O medo

Hoje fui deixar a catraia na escola ligeiramente mais tarde, logo tive de a deixar na sala de aulas, em vez da habitual sala de recreio (calhou, não me venham já dizer que foi de propósito só para ver como era a dinâmica da coisa).
O pânico.
Abri a porta para deixar a miúda e no meio de tanta agitação consegui ver, para além de uma gritaria infernal:
- no mínimo 3 crianças a chorar como se tivessem acabado de ser arrancados do útero da mãe;
- uma poça de vómito no chão proveniente de uma mocinha que ainda escorria um fiozinho de iogurte no queixo;
- a professora isaurida a chamar alguém para levar outro moço à wc;
- um pai encostado a um canto a dar festas na cabeça do filho (provavelmente balbuciava-lhe um "está tudo bem" ao ouvido, afinal a coisa não podia ficar pior);

O que é que uma mãe faz no meio disto tudo?
Depois de 7 longos segundos de análise, atirei a cachopa lá para dentro e disse-lhe um "até já".

12.9.17

Como gelar-se-nos o sangue em 3 segundos e entrar em pânico em 5

O puto a berrar na sala como se não houvesse amanhã.
- Epah tenho de lá ir ver..
A pequena de 3 anos - Não te preocupes que já lhe dei o medicamento.

11.9.17

A bipolaridade das mães:


Se as noites são más e eles não nos deixam dormir, quase fazemos promessas para que eles durmam um par de horas seguidas para que possamos descansar. 
Uma qualquer noite eles atendem aos nossos pedidos e dormem que nem anjos. Acordamos nós de 20 em 20 minutos, verificamos as vias aéreas, recordamos o que comemos ao longo do dia, passamos mentalmente toda a lista de doenças que possam trazer prostração ao cachopo e acabamos por nem dormir mais, só à espera que ele acorde. Ou só para adorar o menino.
É isto.

Hoje foi o dia.

"Vou para a escola dos crescidos!" Diz ela com a pose do Buzz Lightyear "pro infinito e mais além"..
Ahhh esta inocência doce, ainda sem se aperceber que daqui para a frente é sempre a piorar... oh well, deixai-a ficar na ignorância mesmo...


10.9.17

Começa hoje um projecto novo aqui pelo estaminé.


Os devaneios e peripécias com a maternidade são muitas, então entre a terceira e a quarta mamada do mai-novo, a altas horas da madrugada, esta iluminada lembrou-se de que o blogue já estava ultrapassado e que já só estou a bolsar (esta veio mesmo a calhar) mais coisas peripécias dos catraios do que de estupidez-pura-e-dura a que estavam habituados. 
Assim, as peripécias envoltas em sarcasmo e ironia vão começar a ser mais (e, talvez, melhores).
Também já há pagina de facebook, é só clicar aqui: "Mãe, só a 7"
Sejam bem-vindos!

3.9.17

Parece impossível que não exista em Portugal uma única alma que possa criar um programa de horário nobre como o da Ellen ou da Oprah ou do Jimmy Fallon. A sério. 
É só juntar um(a) apresentador(a) decente (e deixem-se lá de Bárbaras Guimarães e Ritas Pereiras, porque se há coisa que elas não sabem fazer é apresentar), com sentido de oportunidade para conversas com interesse; um guionista com bom sentido de humor e uma equipa para procura de convidados e temas actuais, de interesse nacional e com uma abordagem no sentido da crítica construtiva ao invés do sentido deprimente e impositivo. 

Senão, porque não tentar copiar os que já existem? Epah, com a fama que têm, se calhar eles nem se
davam conta que existe um paísito, na ponta de uma penínsulazita, que tentou fazer um programa como o deles.

Já disse por várias vezes que cá por casa não se vêm os 4 canais nacionais (as notícias são deprimentes, mas os programas da manhã são ainda piores). Horário nobre que é bom, é para as novelas. 
Então, todas as 20h lá estou eu a persuadir a mái-nova para me deixar ver a Ellen na Sic Mulher, para que possa ter uma hora de descontracção e risada. 

Lembrei-me de tudo isto quando via este vídeo. Gostava de poder ver isto (leia-se ) todos os dias, em horário nobre. Sim, porque à meia-noite já estou eu a meio do 4º sono, entre mamas e fraldas e projectos de fezes.

31.8.17

Primark, primark, ¿por qué me haces esto?

Eu nem vou enumerar a quantidade de coisas da edição nova do Harry Potter que decidiram fazer e que eu pagava para ter. Não vale a pena. Primeiro porque não tenho dinheiro (pobretanas!). Segundo porque quando eu conseguir ir à Primark já está tudo esgotado. No ebay já lá andam meia dúzia de coisas a preços irreais, mas assim para começar e para quem gosta de saber o que me oferecer (o marido nem tem conhecimento do blog - e deixai-o na ignorância - mas que dava jeito ele saber destas coisas, lá isso dava) podem vir estes cá para casa.


 Este para o M., para eu o esborrachar de mimos mágicos sempre que o vir com isto vestido. Vou imaginar que vai ser o meu coleguinha a assistir os filmes comigo, quando eu for muito velhinha, para me recordar de algo que me fazia feliz antes de eu ter Alzheimer.


Estes também podiam vir. O fato de treino para fazer de pijama naqueles dias de inverno em que só estamos bem com a carapuça enfiada na cabeça, o nariz enfiado numa chávena de cappuccino e as calças enfiadas dentro das meias. 
A mala porque é supé-gira e dava um jeitaço. 

Eu não podia ter assim tanta sorte

A imagem abaixo é para não apanhar ninguém de surpresa com o conteúdo da mensagem. Depois digam que não avisei.

O Senhor deu-me um maridinho que se lembra de ir cagar quando estou na cama, a tentar relaxar o corpo de lontra-recém-mamã, deixando aquele cheiro pestilento irritar-me os pêlos das narinas até me acordar. Claro que acordo, parece que morreu alguém na WC há 3 meses. 

Mas deu-me também um fedelho que se caga assim que começa a mamar e, porque eu não podia ter assim tanta sorte, tem um cheiro quase* tão pestilento como o do pai, ficando-me a arder os olhos até que ele se lembre de deixar a mama. Pode demorar 10 minutos, pode demorar 40. Lucky me.

*deixai-o crescer que isto vai ser bonito cá em casa. 


30.8.17

Isto de se viver numa terra "pequena" dá nisto: muito contorcionismo de fígado

Eu - Vinha trocar uns bodys que me deram.
Ela - Quem deu? Foi a Rosinha (nome fictício) não foi?
- Sim. Preferia babygrows agora.
- Então eu digo-lhe que veio trocar para ela pagar a diferença.
- Não. Isso não faz sentido. Eu pago o que for preciso.
- Então e você é o quê à Rosinha?
- ^.~ (fígado a revirar-se-me no quadrante superior direito)
- É família ou colega?
- ^.~ Família (fígado a espremer-se para não lhe responder "mas o que é que tens a haver com isso?")
- Então e de que parte? Não é dela pois não? Deve ser do marido dela.
- ^.~ (fígado já a querer passar-se-me para o quadrante esquerdo!) Eu sou família por afinidade. Eu já venho, vou ver aqui mais umas coisas. (acalmando-me para não a mandar à merdinha da vida dela)
- Ok, diga-me quanto é por favor.
- São XX€ Não tem mais filhos não? É que eu acho que você é a fulana tal, que é casada com o XX que trabalha com o meu filho.
- O meu marido trabalha sozinho. Obrigada bom dia.
- Pois, é irmão dele.
- (e o caralho do fígado já a saltar-se-me pela guela fora) O meu cunhado ainda não trabalha. Estuda. Obrigada.

E eu a sair porta fora e ainda tenho de ouvir um:
- Pois, estuda em Lisboa. Ele é muito amigo do meu filho. O meu filho trabalha na Holanda mas veio passar férias há duas semanas. Só ainda não conseguiu ir ver o seu cunhado porque tem uma vida muito ocupada e agora está no Porto.

Não voltar àquela loja (outro episódio aqui) é as pagas de a dona ser gente metediça e sem noção de boas maneiras. Mas a culpa é minha... quem me mandou voltar?! Ai....

29.8.17

Ter leite do bom dá isto

3 semanas depois e o puto já tem mais 1Kg.
1KG!!!
Chama-se a isso ter leite condensado!!!

24.8.17

Ai que saudades que eu (não) tinha

Cólicas... essas putas... Andam cá (ai que dejá vu) a tirar a calma do meu menino (e a minha), a provocar gritos desalmados e tardes e noites péssimas sem nada conseguirmos fazer... a não ser chorar com ele...
Damn

15.8.17

O quarto de princesa da E ou uma maneira simples de ela não se importar de ceder o seu quarto ao irmão

A miúda teve de mudar de quarto. O quarto ao lado do nosso tem de ser para o mai-novo e para que os ciúmes não rondassem (mais) cá por casa, o sr. meu marido entrou em modo obras e isolou, pintou, montou móveis e prateleiras e...voilá... a E tem direito a um quarto digno de princesa.



                                      


12.8.17

Terceiro dia em casa e nós sozinhos. Eu, a E. e o M.
Desafio do dia: tentar não pirar. Respirar só.

10.8.17

O dia cá de casa


Os meus filhos gostam dos dias 7, pronto. Quase com a dentição completa e desfraldado, decidiu nascer quase às 41 semanas, no mesmo dia da irmã: 7.

Sou uma abençoada, com duas criaturas lindas. Basicamente, e até ver, são iguais. O M. nasceu com mais 100g (fruto do material acessório masculino, digo eu) e mais 1cm. São a trombinha chapada um do outro.

5.8.17

Bendito GOT que me acompanha nos maus momentos da minha vida


3.8.17

Recordemos, Senhor, com tanto carinho, o post feito na primeira gravidez.

Continua actual.
No furder comments.

Aqui

Depois da onda gravídica passar, quero este look só para mim #3


1.8.17

Eu gostava de não me queixar (cuidado que este mete asneiras)

mas fodasse, este espaço é meu e por isso vou-me queixar. E com asneirolas à mistura porque me apetece. Porque estou farta de me conter e já chega. Antes quero dizer que a minha sorte é do caralho do que continuar à-la-Madalena.

Que esta gravidez não estava a ser fácil já eu sabia mas que ia ser difícil até ao ultimo dia, é mesmo para testar a paciência desta gorda até à última.

- Logo de início o puto estava cheio de pressa e agora que está na hora... armou-se em lapa!

- À minha volta só ouço gente a rezar por cesarianas e eu, que sou das que pagavam para ter um parto normal tenho de ouvir do médico que provavelmente vou acabar numa cesariana porque já tive uma anterior. Lucky me....

- À minha volta as que estavam do mesmo tempo que eu já tiveram os cachopos. As que estavam de mais tempo que eu já tiveram os cachopos e adivinhem lá.... as que estavam de menos tempo que eu também já tiveram os cachopos. Vá, nem todas, mas... na verdade, parece-me que as que não tiveram devem estar neste momento a caminho da maternidade, prestes a parir.

- "Anda que isso ajuda". E eu? ando que nem uma lontra pelas ruas fora. O máximo que consegui foi dores nos pés, na bacia, na anca e em todos os músculos deste corpo adornado em gordura. Mas trabalho de parto que é bom.... NADA!

- "Bebe chá de folhas de framboesa". Dá uma azia filha-da-mãe, mas o puto querer sair? NADA!

- A entrar nas 40 semanas lá tenho de marcar a cesariana, porque o miúdo não se decide. Vou ao hospital fazer os exames pré-operatórios e estou 3 horas à espera que olhem para mim porque os médicos estão de férias. Melhor, marcar a data que é bom, só às 41 semanas porque os médicos estão de férias. P*** que os pariu.

- No meio disto encontraram-me um problema no coração. (e alguém se admira?) Com a sorte que tenho ainda me dizem que primeiro tenho de fazer um transplante e só lá para dezembro é que me podem tirar o puto.

Eu JURO que gostava de ser melhor (mais simpática, menos respondona, menos-revirar-o-branco-dos-olhos...)

mas as pessoas não facilitam!

 

29.7.17

Depois da onda gravídica passar, quero este look só para mim #2

depois... tipo 1 semaninha depois...


25.7.17

Resumo da noite

Eu, grávida, constipada = demora a adormecer

Ela, pequena, com virose = acorda de madrugada para vomitar durante o resto da noite

Eu, a tentar manter as aparências no dia seguinte =

23.7.17

Sim, eu sei, não há maneira de rebentar

Uma pessoa está apenas de 38 semanas (a E nasceu às 41) e já toda a gente me vem com a conversa do "nunca mais nasce?"
A próxima pessoa que mo disser leva uma lambada por causa das tosses.
Gente, se eu mandasse, o puto estava cá fora já.
Como não mando e tenho filhos teimosos, a coisa vai-se arrastar.
Assim sendo, e para evitar agressões físicas a terceiros, estou barricada em casa. Evito os comentários sobre "ainda nada?", "ah o meu foi às 37", "com essa barriga parece que já estás no fim".... e evito espancar alguém à marretada. 

(Será que ainda ninguém percebeu que sou eu a mais ansiosa?! Nem é para ter a maravilhosa sensação de ter o meu bebé nos braço. É mais para me livrar destas dores terríveis e inchaço e para me poder movimentar livremente e voltar a vestir cuecas sem apertarem!)

11.7.17

Maneira subtil de dizer que já ocupamos muito espaço

"Mãe, deixa-me tirar-te uma foto!!!"

Foi este o resultado.

5.7.17

Latas de manteiga de amendoim e queijo (sim latas) num telhado rachado a meio. Por cima de um convés de um ferryboat que andava a toda a velocidade. Tão grande velocidade que sempre que fazia uma curva apertada eu batia nas laterais do convés e as latas caiam do telhado. Lá ia eu voltar a pô-las.

Ainda dizem que os sonhos em idade adulta não têm a mesma magia. PPPFFF

30.6.17

Eu a ter esperança

Da primeira vez eu não entrei em trabalho de parto. Shame on me. A minha criatura tinha muito amor à mãe e nada de me dar sinais de ter de ir pro Hospital.
Desta vez tenho esperança de que o puto seja mais resolvido então decidi fazer uma Playlist para o dia do parto! 

22.6.17

Posso dizer com toda a certeza que hoje foi a primeira noite em semanas que dormi a noite completa. Ou melhor, 8 horas seguidas.
As noites antes foi dormir 3 horas e acordar a transpirar horrores, a ter de passar mais umas horas de leque em riste (que nem as velhas) ou ter de tomar um duche.... a noite não foi propriamente fresca, mas já ajudou e de que maneira!

19.6.17

Em relação a tudo o que se tem passado*

*incêndio no Pedrogão Grande e 64 mortes

Eu só me parece que toda a gente tem algo a criticar sobre coisas que não se controlam.
O fogo não foi posto, as mortes que ocorreram, dizem os especialistas, que foi por inalação de fumos tóxicos, 

o que é certo é que por todas as redes sociais:
- se condena a gestão dos meios no terreno (e maior parte dessa gente não está no terreno para saber como se consegue gerir os mais de 2250 operacionais no terreno);
- todos condenam os que ficaram em casa (como se salvar a casa fosse prioridade);
- condenam os que foram embora (porque deviam ter ficado em casa ou recolhidos para não serem apanhados pelo fogo);
- condenam o corte da estrada;
- condenam o jornalismo em portugal (como se não estivessem já habituados à tristeza nesta área. Mais fácil é aprender a filtrar o que se houve do que esperar uma reviravolta neste campo).
- condenam e fazem petições para que os reclusos limpem florestas;
- condenam e fazem petições contra os reclusos limparem florestas (porque obrigar é trabalho de escravo);
- condenam os políticos que permitiram a reflorestação;
- condenam porque sim.

Eu condeno a ignorância.
Porra, morreram 64 pessoas! Ficaram filhos e pais a chorar estas mortes que não se puderam controlar. E só se vê gente a apontar dedos.

Condeno a ignorância, porque acredito que só a ignorância permite esse arrotar de críticas sem fundamento e conhecimento de causa. Há tanta coisa a se poder fazer em vez de estarem enfiados nas redes sociais a condenar tudo e todos. Condenem o fogo! Condenem a trovoada seca! Porra, pensem no que é que nós podemos fazer para melhorar esta situação?